Escrevi ontem, em um caderno velho, sobre o amor, o que seria o amor e como encaramos ele em todas as ocaisiões da vida, mas em uma visão geral, de amores fraternais e carnais. Espero que me entendam e analisem o que colocarei daqui em diante. Não coloco esse texto como a verdade do amor; cada um tem sua ideologia sobre o amor, mas colocarei aqui uma idéia mais analítica da coisa.
O amor é confundido com o medo e a dependência; mas não há nenhuma relação entre medo-dependencia e o amor. Devemos saber dividir as coisas a aprender quando você pode dizer que encontrou o seu amor. Mas isso, quando chega a pessoa certa, nos sabemos dizer. As crianças, por exemplo, dependem dos seus pais e os professores, respeitando-os e temendo-os. Depende dos pais pra se vestir, para se alimentar, para dormir e para receber instrução e dos seus professores para saber ler, escrever, conviver em grupo e ser uma pessoa mais digna. É claro que com isso sentem-se protegidas, passando a respeitá-los, e a temê-los ate; mas, isso não significa que os amam.
Isso é comprovado examinando-se o comportamento das crianças com seus colegas, que confiam muito mais neles em que seus pais. Todos sabemos e já passamos por isso. Quando somos crianças, falamos para nossos amiguinhos e amiguinhas de coisas intimas que jamais falaríamos aos nossos pais. Analisando, podemos dizer que é falta de verdadeira confiança entre pais e filhos e como falta de amor verdadeiro. Temos uma repressão pelas pessoas que nos amam de verdade, como nossos pais e passamos a criar um amor entre um amigo ou amiga; essa ilusão, na maioria das vezes, não dura para sempre.
Existem enormes diferenças entre o amor e o respeito, o temor, a dependência e o medo. O respeito e o amor devem estar sempre unidos, porem, nunca devemos confundir um com o outro. Nossos pais as vezes idealizam que querer um bom emprego pro filho, um bom casamento para a filha, etc., pensam que estão demonstrando o amor deles, confundindo esse sentimento.
Mas as pessoas confundem respeito com amor. Nós respeitamos nossos pais, professores, irmãos, amigos, e acreditamos que os amamos. Ate um dia começamos a ter um relacionamento regado de bons momentos e respeito para o mesmo, começamos a idealizar um amor que ate então não existia, mas o que deveria ser uma coisa natural passa-se a ser um sentimento forçado e acabamos criando um amor em cima daquilo, temendo não estar mais do lado daquela pessoa; isso não é amor, é medo. E quantas pessoas que temem pensar por si mesmos nos mistérios da vida e da morte? Essas pessoas têm medo de perguntar ou questionar o que lhes aguarda alem da fronteira da morte, se Deus existe, o que é o inferno e se tudo que esta na bíblia aconteceu realmente. Sem ter inquirido e sem ter perguntado e sem compreendido, cheias de beatitude, exclamam: Amo a Deus! Porem, elas crêem que o amam, quando apenas O temem.
Todo mundo diz que adora todo mundo, mas isso não é verdade. Muito raro encontrar alguém que saiba realmente amar. O que acontece é que as pessoas ainda não compreenderam o que é esse sentimento chamado AMOR e sempre confundindo-o com outras manifestações psicológicas, como paixão, temor, medo, segurança, etc. Sendo assim, podemos dizer que as pessoas não sabem amar. Se soubessem mesmo, de fato, a vida seria um paraíso; não é mesmo? Nos acreditamos que amamos nosso(a) companheiro(a) de namoro, fazendo juras eternas. O que acontece é que estão somente apaixonados, satisfeitos com a paixão, percebendo um dia que o amor não existia, apenas uma atração e o medo de não ter mais aquela pessoa do lado.
A paixão engana a mente e o coração. Todo pessoa que esta apaixonada, acredita que está enamorado, amando. Muito difícil encontrar um casal que se ama verdadeiramente. Existem muitos apaixonados, mas é difícil ver os amantes de verdade. Mas devemos admitir, se existe alguma coisa difícil neste mundo é não confundir paixão com amor. A paixão é o veneno mais delicioso e sutil que se pode conceber, e sempre termina triunfando, causando desilusão de “não amor” do próximo consigo mesmo. Agora, pare e pense: será que amamos aquela pessoa ou apenas fomos apaixonados como vemos que o mesmo foi conosco?
A paixão é sexual, isso é fato; é bestial, mesmo que, às vezes, apresente-se tão sutil que facilmente se confunda com amor.
Uma coisa fácil de pensar e difícil de fazer: devemos compreender urgentemente o que significa o sentimento AMOR. O amor não existe, para nossa infelicidade, no ser humano. E não é pelo fato de não existir em nós, que pode ser comparado ou adquirido como uma roupa em uma loja. O amor não pode ser misturado com ciúmes, paixões, violências, temores, apegos, dependência psicológica, etc.
O amor deve nascer em nós, e somente nascer o amor em nós, quando tivermos compreendido todas as manifestações do ódio, do temor, da paixão (sexual), do medo, do abismo psicológico que criamos etc. Devemos que compreender nossos defeitos e falhas psicológicas, examinando suas manifestações em nossa vida diária, não só a nível intelectual, como tento fazer aqui, dizendo alguns pontos sobre o caso, mas também nos novéis mais subconscientes.
Devemos nos olhar no espelho e analisar todos os seus defeitos. Saiba mudar, crescer e extrair todos eles, para que de forma espontânea, nasça em nós o amor. Só amor pode transformar, realmente, o mundo.
Batom vermelho é classico pt.I
Há 3 anos